FUNK CARIOCA NAS ESCOLAS ?...
A Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) vai votar nesta terça-feira (1º) o projeto de lei que define o funk como movimento cultural e musical de caráter popular.
Segundo os autores do projeto, o objetivo é incluir o funk nas escolas e comunidades, e mostrar que "o movimento pode ser um instrumento de comunicação entre as pessoas.
Também será votada a revogação da Lei que estabelece regras para a realização de eventos de música eletrônica, como raves e bailes funk. De autoria do deputado cassado Álvaro Lins, ex-chefe de polícia, a lei, na prática, permite a proibição das festas.
Ídolo do funk, o DJ Marlboro espera ansioso a votação. “Estou muito confiante. Fiquei feliz de saber que agora podemos ter o reconhecimento do funk”, contou.
O deputado Marcelo Freixo (PSol), autor do projeto junto com Wagner Montes (PDT), acredita que o poder público precisa ver o funk como manifestação cultural.
“Estamos debatendo o assunto há quase um ano. Não podemos ignorar a existência do funk, precisamos legitimar o que está nas ruas e o que o carioca gosta”, disse.
Ideias de unir funk e pedagogia
Marlboro e Freixo dizem que não faltam ideias caso a lei seja aprovada. Pelo projeto em votação, todas as iniciativas terão que passar pela Secretaria de Cultura e de Educação, mas, se depender de Marlboro, os projetos serão úteis para muitas pessoas.
“Tenho muitas ideias. Se o funk for levado para as escolas as crianças serão incentivadas a produzir um material rico. Por exemplo, os alunos poderiam criar um funk em vez escrever uma redação. Eles iriam pesquisar sobre o tema, e depois colocar tudo no papel”, disse.
“O funk é um baita instrumento pedagógico. Esse gênero vai ajudar a juventude a gostar de estudar”, disse o deputado Freixo.
Lei pode ser revogada
A revogação da lei que estabelece regras para a realização de eventos de música eletrônica também será votada. Criada em 2008, a lei prevê que, para realizar um evento, devem ser enviados documentos à Secretaria de Segurança Pública.
“O governo errou quando sancionou esta lei. É claro que bailes funk precisam ser organizados, e fiscalizados, mas não pode virar caso de polícia”, disse Freixo.
Já Marlboro acredita que o Rio precisa assumir o caráter popular de todos os seus gêneros.
“O Rio é a capital do funk, do samba, da bossa nova. Tudo vem daqui, temos que aproveitar isso”, disse Marlboro.
Liga da Equipes de Baile de São Paulo União dos DJ's para debater assuntos relacionados ao Movimento Nostalgia Black e divulgar os bailes e eventos
terça-feira, 1 de setembro de 2009
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